ARTIGOS

Peru, entre a tradição e a modernidade, um desafio para a América  Latina

 Verônica Maria Mapurunga de Miranda*

Preparando-me para escrever este artigo percebi que só podia fazê-lo efetivamente com o coração. E para quem não sabe, isso não significa dizer fazê-lo apenas com sentimento. Para os povos originários, povos de nuestra américa, quando aportaram os brancos ocidentais admiraram-se de que os brancos pensassem com a cabeça e não com o coração. Pois o pensamento, como os sentimentos e imagens provinham, segundo esses povos, de um único lugar central ou axial: o coração. Talvez daí venha a percepção de que o pensamento ocidental que povoou nossa América era substantivamente diferente do pensamento local, autóctone. E mesmo entendendo que os povos que aqui viviam constituíram impérios e culturas riquíssimas, esse pensamento por séculos foi considerado a tradição diante de um outro pensamento moderno, dominante, colonizador e que atualmente em nossa América chega a um limiar: a modernidade já não pode ir adiante negando o que foi chamado tradição, considerada passado. O retorno a esses temas em nossa América é ainda mais forte em países onde tradição e modernidade não chegaram definitivamente a um denominador comum, ou seja, onde o pensamento do coração, e de toda uma cultura tradicional caminha pari passu com o que se chama modernidade, às vezes submergido, às vezes às claras, às vezes em encontros e lutas que lembram um Tinku.

Esta foi a impressão que tive ao percorrer algumas regiões de Peru, dois meses antes das eleições que elegeram Ollanta Humala, em 05 de junho, o próximo presidente desse país. Para mim a eleição de Ollanta Humala e as reflexões sobre esse tema não constituem uma coincidência, mas a percepção de que as últimas eleições ocorridas no país faz Peru entrar de forma mais efetiva no rol das muitas mudanças que começaram a ocorrer na América Latina. A partir do Peru essa nova eleição, apesar de todas as controvérsias que tem gerado a formação do novo gabinete e ministérios do novo governo, pode vir a plasmar um novo caminho, um novo debate e novos desafios para a América Latina como um todo.  Segundo Wallerstein¹, em artigo na agência Carta Maior, de inicio já significa uma ruptura com a Aliança do Pacífico. Penso que as rupturas e os novos arranjos políticos vão necessitar ainda de muita dança e muita  luta, de muito Tinku. De qualquer forma, na conjuntura política latino-americana é uma ouverture para uma nova direção não só de Peru, mas considerando também os destinos da América Latina. É como se um fragmento importante e rico da cultura latino-americana até poucos meses atrás à deriva, se aproximasse do seu real lugar no continente para iniciarmos uma luta ou um Tinku entre a modernidade e a tradição.

Tinku é uma palavra quéchua que significa encontro, união, equilíbrio, convergência. É uma luta ritual de dois elementos em oposição, ou que procedem de direções diferentes mas que objetiva a união, o encontro, que fecunde algo novo. Não é uma luta para se ganhar, mas para se criar algo novo.

Não escrevo movida pelo que poderá fazer Ollanta Humala em seu governo, mas pelos votos da população da selva e da serra, que elegeram o candidato e que são votos do desejo de uma mudança radical em Peru, considerando que esses povos são os detentores, de certa forma, do Peru tradicional, dos povos originários e descendentes destes.

Com olhos de estrangeira, mas de estrangeira latino-americana, em minha viagem por Peru que era de pesquisa sobre questão agrária, comecei a perceber essas duas direções diferentes da cultura latino-americana convivendo de uma forma até certo ponto desencontradas em Peru: a modernidade traduzida nas novas tecnologias, trazidas em parte pelo capital estrangeiro e no pensamento ocidental colonial eurocentrista e a presença forte da cultura mestiça e dos povos originários. De fato, em Peru, diferentemente  de Brasil, Chile e Argentina eu não falaria de cultura dos povos originários como algo separado, mas falaria de cultura  peruana, entendendo que toda a base dessa cultura, como um leito de um rio vem dos povos originários. Daí, dessa fonte, ela se alimenta, mas é interrompida constantemente no seu fluxo, como um vulcão em que fosse permanentemente através de muitas tecnologias interceptadas e paradas suas lavas, suas chamas. Ou como o rio Vilcanota que flui com toda a sua força na montanha de Machu Picchu e tentassem fazer nele muitas barragens. Há uma força da natureza, que não conseguiram suplantar com a mestiçagem. A natureza é forte em Peru e como diz o grande escritor Arguedas que clama e deixa sua mensagem, "Peru deveria ser um país de todos os sangues", clamando por um encontro pacífico dessas naturezas divididas e pelo reconhecimento dos povos originários e de todas as etnias.

Acompanhando essa luta colonial de séculos criaram-se muitos ressentimentos e muita resistência.  No norte de Peru, no hotel em que me hospedava, uma funcionária disse-me que eu era "colorada". Sem entender o significado, já que em Brasil ser de cor é ser negro, ela me explicou que colorados são os brancos. Achei interessante essa discriminação ao contrário e pensei com meus botões que em Peru os discriminados poderiam ser os brancos ocidentais, mas logo a dona do hotel me explicou que os "colorados" não eram discriminados. Chamar alguém de "colorado" poderia ser um elogio, inclusive a funcionária do hotel tinha filhos colorados de um casamento com branco e segundo a dona do hotel ela valorizava mais e atendia melhor esses filhos "colorados" em detrimento dos outros considerados  mestiços. Esse fato foi me dando a idéia da complexidade da cultura peruana e logo fiquei sabendo de outra denominação no norte que se constituía um preconceito: serrano. Ser serrano, da serra, é ser descendente de indígenas e por isso desvalorizado, como ser um cidadão de segunda categoria.

De fato e apesar das áreas geográficas e culturais tão distintas no Peru - Serra, litoral e selva - tudo isso me levou a uma constatação de que a cultura peruana era uma cultura de presença massiva de mestiços, nos hábitos, na culinária, nas artes, mas essa mestiçagem que em parte é encarada  com um certo orgulho, pelos seus ancestros culturais, em parte está também cheia de preconceitos e é desvalorizada.  De outra forma, como nos disse um antropólogo peruano as antigas culturas originárias como os Incas eram valorizadas como culturas do passado que se foram e hoje estão nos  museus e monumentos históricos que trazem proventos através de empreendimentos turísticos, mas seus descendentes ainda hoje habitantes da serra e da selva peruanas constituem culturas desvalorizadas, que lutam por suas terras ancestrais e sobrevivência. Foram belos, bons e heróicos para a história peruana enquanto não chegaram os espanhóis. Há, dessa forma um elo perdido das culturas originárias, impedidas de gozarem sua continuidade, engessadas no seu passado glorioso que foi interrompido pela cultura branca ocidental, e no entanto ainda estão lá resistindo e esperando sua redenção.

Visitar museus, conhecer as huacas de escavações arqueológicas, ir a Cusco, Machupicchu na Serra e agora às tumbas reais de Señor de Sipan no litoral norte de Peru pode ser um roteiro turístico revisitando o passado, mas, de fato, perscrutando um pouco mais além de tudo isso essa tradição é muito presente. E essa atualidade está no fato de que descendentes de povos originários no norte fizeram um movimento, por exemplo, para que a tumba real do senhor de Sipan, com tudo o que foi encontrado nas escavações fosse um lugar para fazerem suas oferendas. E quando passamos pelas maravilhosas ruínas de Machupicchu em vários lugares estão cheios de rastros e marcas de oferendas que ainda se fazem. Nos roteiros turísticos percebemos dois mundos: um que se apresenta aos turistas e que se vende para lucros de muitas empresas e sobrevivência de alguns povos e outro oculto entre os próprios guias turísticos quando falam quéchua entre eles e em sinais que turistas não entendem. A realidade contraditória quando os povos descendentes necessitam preservar sua cultura e ao mesmo tempo lutar pela sobrevivência em um mundo que se quer moderno com obtenção de lucros para empresários do setor.

Da mesma forma, as contradições na economia, em que o setor dito moderno continua investindo com capitais estrangeiros em minas, agricultura para exportação, turismo, na busca do crescimento econômico e "desenvolvimento" confrontando-se com os povos que defendem suas terras, a natureza e o bom viver na acepção dos povos originários. Há inumeráveis conflitos em Peru, principalmente na serra e na selva criados na defesa de suas terras e da natureza.

Lima, capital de Peru, bela em seu centro histórico, seus museus, suas huacas, seus óvalos nas avenidas e praças, no seu litoral e praias cheias de turistas onde convivem cada dia mais a tradição da culinária e das artesanias com a modernidade dos shopping centers ou malls, encerra a contradição histórica de ter sido a primeira povoação criada pelos espanhóis para fazer frente ao império Inca ou Tawantinsuyo que resistia à colonização em Cusco, e ser hoje o centro do país para onde migram pessoas originárias de todas as regiões. É bom lembrarmos que mesmo depois de muita resistência Cusco foi tomada pelos espanhóis e o templo do sol, principal templo dos Incas, transformado em catedral da Igreja católica colonial espanhola. Dentro da catedral exageradamente ornamentada em ouro, pelos espanhóis, através das mãos dos melhores artesãos dos povos subjugados, os guias levam os turistas a descobrir pequenas partes de muros e altares encontrados e descobertos do que foi o templo do sol. Andamos pelas mãos de guias por uma rua completamente Inca, na metade um centro de artesanias maravilhosas dos descendentes dos primeiros povos. Aqui e ali o guia com olhos brilhantes mostrava os vestígios Incas, estátuas de Pachamama ou se revoltava diante do que fizeram os espanhóis com os templos da cidade INCA. No ar a pergunta do turista, no caso eu: realidade ou mise en scène, parte do pacote turístico. De fato, depois de ter sido tomada a cidade de Cusco as culturas dominadas se recolheram. Os Incas, contam a história e as lendas, teriam se refugiado em uma "cidade perdida" nunca encontrada ou no Paititi, a cidade dourada dos Incas, que um dia retornará. Há cem anos um norte-americano (Bingham) com a ajuda de algumas famílias de camponeses encontrou as ruínas de Machupicchu, um santuário da natureza que segundo os arqueólogos e historiadores além de centro religioso, seria um centro de treinamento ou preparação dos quadros dirigentes do império INCA.

De lá para cá as ruínas de Machupicchu transformaram-se em lugar de visitação turística, considerada patrimônio da humanidade. Em Cusco juntamente com a posse do novo presidente se celebra agora em julho 100 anos da descoberta das ruínas de Machupicchu por Bingham. E essa celebração não é, pelo que se lê nos jornais  e noticiários, comandada pelos descendentes dos povos que habitavam essas paisagens, mas por associações de empresários do turismo peruanos e de muitos lugares do planeta. Viajar de Cusco em um trem para Machupicchu é  visitar uma das paisagens mais bonitas da América do Sul. Tomando um ônibus em Cusco até a estação de Ollantoytambo onde tomaria o trem para Machupicchu fiquei fascinada pelos plantios dos vales, a exuberância do verde, a beleza das pequenas cidades pelas quais passávamos. Chegando em Ollantoytambo comentei com a guia sobre a exuberância do verde e dos vales plantados e ela respondeu de forma surpreendente que aquela agricultura infelizmente era muito atrasada, só plantavam milho e outros produtos que não se podiam exportar. De repente, me pareceu que aquele tema da modernização colocado ali, daquela forma, era como um sacrilégio, uma afronta àquela natureza que suscita reverência. A mesma sensação que tive quando vi do trem a força do rio Vilcanota que nos acompanhou até Águas Calientes, lugarejo de hotéis e restaurantes criado para dar suporte à visitação de Machupicchu, e o  som de suas águas que passava por trás do hotel me fez dormir à noite. Chegar a Machupicchu e ver aquela natureza abismal, luxuriante, forte e sublime ao mesmo tempo, nos faz entender porque ela era uma cidade- santuário dos Incas. É, de fato, um santuário da natureza e ali podemos perceber como a natureza é sagrada.

A sacralidade da natureza em Peru, os plantios tradicionais de plantas rituais e necessárias à sobrevivência dos povos como a folha de Coca e outras, a cultura de plantas tradicionais como a quinua, amaranto, stevia, o milho maravilhoso, as muitas variedades de batatas, frutas e outras que alimentaram tão bem os povos peruanos e que hoje são colocados em muitos países como uma alimentação altamente protéica e sadia para o organismo humano se contrapõe contudo à idéia de que a agricultura peruana tem que se modernizar para se voltar para a exportação. A questão da sustentabilidade e segurança alimentar tem que ser vista de outro ponto de vista em Peru. Não é necessário pensar em criar formas sustentáveis de agricultura. Ela já existe, é tradicional, importante para a população peruana que a consome em uma culinária tradicional muito rica, onde não falta, por exemplo, a chicha morada que é uma bebida feita do milho.

Convidada gentilmente com o colega de pesquisa, por um debatedor, a participar de um encontro promovido pela Conveagro (Convención Nacional del Agro), ESAN (Escuela de Administración e Negócios para Graduados) e outras entidades ligadas ao agro peruano sobre as propostas dos candidatos  à presidência em campanha, pudemos perceber a complexidade da agricultura peruana e também como a questão da sustentabilidade, agricultura tradicional, camponesa e questão alimentaria estava fora do foco dos candidatos, pelo menos no primeiro turno eleitoral.

Falou-se muito em modernização da agricultura, em exportação, em mercados, no significado da via transoceânica, construída a partir do Brasil, para os "setores modernos" da agricultura. Lá fora, em outros meios intelectuais e pessoas ligadas a sindicatos e movimentos populares a transoceânica foi considerada como uma via de invasão do capitalismo e por que não um possível imperialismo brasileiro no Peru. A quantidade de investimentos brasileiros e chilenos no Peru preocupa muitos setores do país. A queda de braço entre modernidade e tradição se reflete, sobretudo, nos inúmeros conflitos sobre terras e direitos das comunidades nativas diante das explorações de minas e das águas (cachoeiras) para eletricidade feitas com capitais estrangeiros, dentre eles os do Brasil.

Os problemas fundiários, que apesar de uma reforma agrária considerada das mais radicais da América do Sul continuam com a minifundiarização em algumas regiões e concentração da terra em outras e a informalidade das instituições, da propriedade da terra e  a pouca atuação do Estado nas várias esferas da vida pública e na economia. Falaram todos de um Estado ausente no que se refere a créditos, políticas de desenvolvimento para o setor da agricultura.

  Mas, de tudo o que foi verificado e relatado, considerando a insuficiência, incipiência e dificuldades comuns nos países da América do Sul o que ficou patente aos olhos de uma estrangeira latino-americana é que tudo em Peru passa pela questão cultural que encerra essa oposição muito forte pelo menos em dois Perus: da tradição e moderno, considerando também as três realidades geoculturais - serra, selva e litoral.

É por isso que me preocupou saber que o novo presidente eleito do Peru disse que faria um governo de concertação segundo o modelo brasileiro, já que são dois países distintos em muitos âmbitos. Para mim o grande desafio da construção de uma região geoeconômica na América do Sul é o respeito pela vocação e cultura de cada país, que tem que ter seu próprio modelo, considerando que na desordem para o novo ordenamento, que requer uma nova civilização, até os limites políticos de cada país podem ser questionados. Outro dado importante é entender o que cada estado nação tem a aportar nessa nova região e para o início dessa nova civilização. Cada país tem que encontrar sua própria cara, seu aporte e seu destino.

A busca desse novo destino, entretanto, não pode ser deixada por conta do capital mundial em crise, onde ficaremos com os restos, oprimindo os países mais fracos. A crise européia e norte - americana deve servir para que tomemos outras direções e possamos assumir, enquanto nações, outras cosmovisões, outros paradigmas que dêem sustento a essa coalizão de forças políticas. O desejo das populações tradicionais, de comunidades nativas da serra e da selva nesse sentido foram decisivos para a eleição de Ollanta Humala. Na visita à serra peruana e em muitos lugares do litoral norte nas pequenas casas, em letreiros grandes e visíveis o nome de Ollanta Humala estava estampado, como um sinal de esperança dessa população. Peru foi um país que nasceu sob o signo da traição. Primeiramente da traição de Atawallpa a Wáskar, seu irmão, depois da traição dos espanhóis a Atawallpa e depois, de muitas traições mais à cultura daqueles que foram os primeiros povos deste continente. Segundo depoimentos de muitos peruanos sobre as eleições, muitos já não acreditam que algum presidente eleito cumpra o que prometeu nas campanhas eleitorais. É necessário, pois, curar essa ferida cultural. Para Peru e para o restante dos países da América do Sul resgatar as culturas tradicionais, os seus desejos, os seus direitos esquecidos para a boca de cena é uma intimação do momento, anunciada pela crise mundial do capitalismo e nossas necessidades latino-americanas. Que se cumpram os desejos e anseios dos povos!

O maior tesouro de Peru, para os interessados em tesouros desde que os europeus chegaram na América, não são as minas, nem as cachoeiras. O maior tesouro de Peru é sua cultura, sua tradição sábia e profunda que precisa renascer das cinzas, que precisa ser exportada através do pensamento das culturas originárias e de outros pensadores que desde Mariategui e Arguedas lutam como expoentes do pensamento peruano pela aceitação de todos os sangues, de todas as etnias, tentando encontrar um nascedouro para o filho da tradição e da modernidade. Os embates desse Tinku travado em país de natureza tão forte pode nos levar também no Brasil a pensar sobre nossa própria natureza. E depois disso, quem sabe, os destinos da transoceânica serão outros. Respondendo a esse chamamento teremos, quem sabe, um novo sol a nos guiar, um dia branco, um bom viver. O canto do Puku Puku² e não somente o canto do galo europeu anunciará uma nova aurora.

Caminhando em Lima, na capital de Peru, em direção ao òvalo de Miraflores,  no meio do passeio aconteceu um fato insólito. Um cidadão que estimo peruano interceptou meu caminho e de meu colega e perguntou: É verdade que o nome Brasil veio de uma árvore que tinha uma tinta da cor de brasa? Eu respondi: Exatamente. Brasil, mostra a tua cara, mostra a tua seiva, mostra a tua brasa, mostra a tua chama!

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¹ Wallerstein, Immanuel - Derrota dos EUA: vitória de Humala desfaz Aliança do Pacífico. 18/07/2011 -Agência Carta Maior -Disponível em: http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=18069

² Puku Puku - pássaro nativo que  cantava para despertar antes do galo europeu chegar à América. (Vide em O mundo de Cabeça para Baixo -Relatos míticos dos Incas e seus descendentes. Rodrigo Montoya. Tradução de Miriam Xavier de Oliveira. São Paulo: Cosac Naify, 2002. 104 pp.

 

 

Texto publicado também em Artesanias-de Verônica Miranda -www.veronicammiranda.com.br
Data: 28/07/2011

*Verônica Maria Mapurunga de Miranda, historiadora, artista plástica e membro do Centro de Estudos e Pesquisas Agrárias do Ceará - CEPAC.

 

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